O Brasil é o quarto maior produtor mundial de rochas ornamentais, sendo o maior fora do continente asiático e o quinto maior exportador. Com um setor composto por 12.200 empresas, das quais 6.600 são da indústria de transformação e 5.600 da indústria extrativa, o país tem se destacado globalmente.
Um histórico de sucesso
Há 20 anos, o Brasil começou a se consolidar como um dos líderes mundiais na exportação de rochas ornamentais, aproveitando a migração da atividade produtiva para países extra-europeus. Esse movimento permitiu ao país explorar sua vasta geodiversidade, tornando-se uma referência no setor.
Fatores chaves para o crescimento da exportação de rochas ornamentais brasileiras
1. Geodiversidade: o Brasil possui a maior variedade de rochas ornamentais do mundo, o que lhe confere uma vantagem competitiva significativa;
2. Arranjo Produtivo no Espírito Santo: o estado é um polo de lavra e beneficiamento, com jazimentos de mármore no Sul e granitos no Norte;
3. Empreendedorismo Brasileiro: as empresas brasileiras do setor têm sido ousadas e proativas no atendimento ao mercado externo;
4. Exportação para os EUA: o Brasil é o maior fornecedor mundial de chapas para o mercado americano, superando concorrentes como China, Itália e Índia;
5. Tecnologia Avançada: a indústria brasileira consolidou o maior parque mundial de serragem de chapas com teares multifio diamantados;
6. Expansão para o Nordeste: novos materiais exóticos e quartzitos têm sido explorados na região, aumentando ainda mais a diversidade e a qualidade das rochas exportadas.
Utilização das rochas ornamentais brasileiras pelo mundo
As rochas ornamentais brasileiras estão presentes em construções emblemáticas ao redor do mundo. Alguns exemplos incluem:
Aeroportos de Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Banco em Shanghai, na China.
Opera Quay, na Austrália.
World Trade Center, em Hong Kong.
Mesmo em países com forte tradição no setor, como a Itália, as pedras brasileiras são amplamente utilizadas. A UniCredit Tower em Milão, o maior banco da Itália, é um exemplo notável, com o uso da pedra “Green Savana” em sua construção.
No Brasil, as rochas ornamentais também adornam grandes obras como o Museu do Amanhã no Rio de Janeiro, o Santuário Nossa Senhora Aparecida do Norte em São Paulo e a FG One Tower, em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Dados de Exportação em 2024
Em 2024, o mercado brasileiro de rochas naturais alcançou um recorde histórico. Entre janeiro e abril, as exportações setoriais cresceram 15,7%, totalizando U$ 387,9 milhões. Segundo o Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), os principais destinos das exportações foram:
Estados Unidos: 58,06%
China: 14,10%
Itália: 6,75%
México: 5,06%
Reino Unido: 1,68%
O destaque foi o crescimento de 30,2% nas exportações para os EUA, com uma demanda significativa por quartzitos, que representaram 55,06% do total exportado, crescendo 57,03% em relação ao ano anterior.
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